K-pop: Fãs de Pernambuco criam loja e grupo de dança temáticos do fenômeno sul-coreano

K-pop: Fãs de Pernambuco criam loja e grupo de dança temáticos do fenômeno sul-coreano

Antes de “Parasita” se tornar o primeiro filme não falado em língua inglesa a ganhar o Oscar de melhor filme, em 2020, e de “Minari”, um ano depois, conquistar seis indicações e vencer uma categoria da mesma premiação, a Coreia do Sul já estava nas paradas de sucesso. Em 2012, o K-pop se tornou um fenômeno com o “Gangnam Style”, do rapper sul-coreano Psy. Durante quase uma década, o gênero musical foi ultraando as fronteiras, acumulando fãs ao redor do mundo – inclusive no interior de Pernambuco.

A professora de inglês Poliana Dias, de 24 anos, mora em Bezerros, no Agreste, faz cosplay há oito e conheceu o K-pop nos eventos de anime. “Na verdade, eu escutava K-pop naquela época, mas nem sabia do termo e da cultura em si. […] Não sabia do que se tratava, aí uma amiga descobriu que eu gostava, me apresentou o termo, outros grupos e afins, e eu me apaixonei”, contou.

Poliana Dias é fã de K-pop e criou uma loja relacionada a cultura sul-coreana — Foto: Arquivo pessoal

Como uma boa adolescente da primeira década dos anos 2000, Poliana coleciona, entre outros itens, pôsteres relacionados ao fenômeno sul-coreano: “Para quem é fã de K-pop, colecionar artigos é totalmente comum. Eu tenho pôsteres, almofadas, canecas, mas infelizmente não tenho nenhum álbum pois os mesmos são caros”.

Ao G1, Poliana revelou que tem dois grupos de K-pop favoritos: Super Junior, que foi o primeiro que ela escutou, e BTS, que, segundo a professora, abriu a mente dela para o gênero musical. Nesses anos sendo fã, ela foi a dois shows de grupos sul-coreanos: do BTS, em São Paulo, e do Kard, no Recife.

“Para mim, foram experiências únicas que nunca vou esquecer, não tem clima mais incrível que um show de K-pop”.

Uma das bandas preferidas de Poliana é o BTS — Foto: Arquivo pessoal

De tão apaixonada pela cultura da Coreia do Sul, Poliana, além de professora de inglês, se tornou empresária. É que ela tem uma loja de produtos de beleza coreanos e, claro, muitos itens de K-pop. “A Yasumi Store surgiu a partir dessa falta mesmo, de produtos dessa área, tanto de anime quanto de K-pop. Então, quando abri essa loja, eu quis trazer a cultura coreana mais para perto, principalmente para Pernambuco”, justificou.

Poliana contou ao G1, que, inicialmente, a lojinha era de alimentos coreanos. “Mas ficaram muito caros e eu parei de vender. Agora ela é mais focada em produtos de beleza coreanos, também vendo coisas personalizadas como pôsteres, adesivos, polaroide… As lojas de K-pop são assim. Os produtos que eu vendo são tanto eu que faço como importados”, ressaltou.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Outra fã do fenômeno sul-coreano é a estudante Biana Dayana, de 17, que mora em Caruaru, também no Agreste. Ela e as amigas têm um grupo de dança de K-pop. “Acabamos formando o grupo para fazer apresentações no nosso colégio, pois estudávamos juntas, e isso acabou se estendendo às competições e eventos de K-pop pela vontade que tínhamos de fazer apresentações”, revelou.

Bianca, Allane, Ananda e Brenda criaram o grupo de dança de K-pop ‘Sixtense’ — Foto: Arquivo pessoal

A “Sixtense”, além de Bianca, conta com mais três integrantes, todas mulheres: Allane Paula, Ananda Vitória e Brenda Millena. E foram as três amigas que influenciaram a adolescente a começar a escutar K-pop. “Elas meio que me puxaram para esse mundo, as músicas são incríveis e o que mais me chama atenção são as coreografias por serem bem elaboradas”, afirmou.

Sobre o que mais chama a atenção no gênero musical sul-coreano, Bianca, Allane, Ananda e Brenda destacaram que é “a estética dos vídeos e a formação da indústria, como os programas, as coreografias e significados nas performances”. Para elas, no K-pop “é tudo muito diferente do que se tem nos outros gêneros musicais”.

Das apresentações no colégio, o Sixtense ganhou outros palcos, experiência que Bianca definiu como “incrível”. Para ela, tanto a preparação para o cover quanto a interação do público são importantes para as performances.

Grupo ‘Sixtense’ foi criado na escola onde as integrantes estudavam — Foto: Arquivo pessoal

Genecy Mergulhao

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